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Teológico Sobre Festas
PÁSCOA NO CALENDÁRIO
I
que o natal é comemorado sempre no dia 25 de dezembro e a páscoa é celebrada em
dia e até mês diferente da páscoa anterior? Sabemos que a páscoa judaica e a
páscoa cristã são distintas em sua essência, embora ambas abordem o mesmo tema
da libertação. A primeira comemora a libertação do cativeiro egípcio sob a
liderança de Moisés, enquanto que a segunda, a páscoa cristã, enfoca a
libertação do pecado em Cristo Jesus, mediante sua morte e ressurreição.
Contudo, gostaria de chamar sua atenção para o lugar da páscoa nos calendários
judaico e cristão. Os judeus comemoram a páscoa no mês de nissan, que equivale
ao nosso mês de março ou abril. O calendário judaico é basicamente lunar; o
cristão é solar. O calendário cristão remonta ao período de Júlio César, o
primeiro imperador romano.
Com o auxílio de Sosígenes, astrônomo de Alexandria, Júlio César elaborou um
calendário em que o ano comum seria de 365 dias e que, para acertar o ano civil
ao ano trópico (designação para o tempo decorrido entre duas passagens
consecutivas), fosse acrescentado de 4 em 4 anos um dia complementar. Ao ano de
366 dias foi dado o nome de bissexto. Por isso, a cada quatro anos o mês de
fevereiro tem 29 dias. Esse calendário foi criado no ano 45 a.C. e denominou-se
calendário juliano em homenagem ao imperador que o instituiu. No século XVI o
papa Gregório XIII fez algumas correções no calendário juliano, e por isso
passou a ser chamado também de gregoriano. É que o ano trópico não tem
exatamente 365 dias e 6 horas como se pensava, e sim, 365 dias, 5 horas, 48
minutos e 50 segundos. Portanto, o calendário juliano estava errado em 11
minutos e 10 segundos por ano para mais. Esses, acumulados no decorrer dos
séculos, trouxeram confusão, a ponto de em 1585 já haver uma diferença de 10
dias entre o ano trópico e o ano civil. Coube então ao papa Gregório XIII
determinar a reforma do calendário cristão.
Em suma, o calendário cristão é solar e o judaico lunar (Luach). Por ser solar,
o calendário cristão torna-se bissexto a cada quatro anos. O calendário
judaico, diferentemente do gregoriano, está baseado no movimento lunar, quando
cada mês (com 29 ou 30 dias) se inicia com a lua nova. Se comparado com o
calendário gregoriano, temos em um ano solar 12,4 meses lunares, ocorrendo uma
diferença a cada ano de aproximadamente 11 dias. Para compensar essa diferença,
a cada ciclo de 19 anos acrescenta-se um mês inteiro (Adar II), o ano de 13
meses ou embolísmico.
Essa alteração é necessária por causa da páscoa. A páscoa judaica deve cair
sempre na primavera.
Embora o calendário cristão seja solar, ele é lunar quanto à páscoa. Os
cristãos tomaram emprestado o calendário judaico para que a páscoa cristã
coincidisse com a páscoa judaica. É por isso que a cada ano a nossa páscoa cai
em dias e até meses diferentes. O princípio é o mesmo para o carnaval. Não
existe carnaval no calendário judaico, mas por ser o carnaval uma festividade
essencialmente pagã, adota-se o calendário lunar para que o carnaval aconteça
sempre antes da páscoa.
Lembre-se que a páscoa é uma das festas mais importantes para o judeu. Sua
comemoração nunca deve acontecer fora da primavera. É verdade que não é em todo
o mundo que se comemora a páscoa na primavera, e sim no outono também; mas isso
acontece porque metade do planeta está no hemisfério norte e a outra no
hemisfério sul. Aqui no Brasil, por exemplo, na época da páscoa estamos no
outono, mas nos Estados Unidos, Europa e Israel é primavera.
Os Evangelhos relatam que Jesus ressuscitou num dia muito especial. Ele
ressurgiu no primeiro dia da semana; no dia do Senhor, no domingo. O primeiro
dia da semana nunca mais seria o mesmo após a ressurreição de Jesus. Sua
ressurreição também ocorreu num dia ensolarado. E na primavera, a estação mais
alegre do ano.
Finalmente, quanto ao natal ser comemorado no dia 25 de dezembro, independente
do dia da semana (embora não se saiba ao certo o dia em que Jesus nasceu) é
que, além de não existir natal no calendário judaico, e por ser o nascimento de
Jesus uma data tão importante para o cristianismo, preferiu-se adotar o
calendário solar.
nos diz a respeito:
“O Carnaval é uma celebração que combina desfiles, enfeites, festas
folclóricas e comelança que é comumente mantido nos países católicos durante a
semana que precede a Quaresma. Carnaval, provavelmente vem da palavra latina
“carnelevarium” (Eliminação da carne), ticamente começa cedo no ano
novo, geralmente no Epifânio, 6 de Janeiro, e termina em Fevereiro com a Mardi
Gras na terça-feira da penitência (Shrove Tuesday).”
1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)
Em contra partida vemos que isso era apenas um pretexto para que os romanos e
gregos continuassem com suas comemorações pagãs, apenas com outro nome, já que
a Igreja Católica era quem ditava as ordens na época e não era nada ortodóxo se
manter uma comemoração pagã em meio a um mundo que se dizia Cristão.
“Provavelmente originário dos “Ritos da Fertilidade da Primavera
Pagã”, o primeiro carnaval que se tem origem foi na Festa de Osiris no
Egito, o evento que marca o recuo das águas do Nilo. Os Carnavais alcançaram o
pico de distúrbio, desordem, excesso, orgia e desperdício, junto com a
Bacchanalia Romana e a Saturnalia. Durante a Idade Média a Igreja tentou
controlar as comemorações. Papas algumas vezes serviam de patronos, então os
piores excessos eram gradualmente eliminados e o carnaval era assimilado como o
último festival antes da ascensão da Quaresma. A tradição do Carnaval ainda é
comemorada na Bélgica, Itália, França e Alemanha. No hemisfério Ocidental, o
principal carnaval acontece no Rio de Janeiro, Brasil (desde 1840) e a Mardi
Gras em New Orleans, E.U.A. (dede 1857). Pre´-Cristãos medievais e Carnavais
modernos tem um papel temático importante. Eles celebram a morte do inverno e a
celebração do renascimento da natureza, ultimamente reunímos o individual ao
espiritual e aos códigos sociais da cultura. Ritos antigos de fertilidade, com
eles sacrifícios aos deuses, exemplificam esse encontro, assim como fazem os
jogos penitenciais Cristãos. Por outro lado, o carnaval permite paródias, e
separação temporária de constrangimentos sociais e religiosos. Por exemplo,
escravos são iguais aos seus mestres durante a Saturnália Romana; a festa
medieval dos idiotas inclui uma missa blasfemiosa; e durante o carnaval
fantasias sexuais e tabus sociais são, algumas vezes, temporariamente
supensos.”
Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de
Alvarenga Cidade)
A Enciclopédia Grolier exemplifica muito bem o que é, na verdade, o carnaval.
Uma festa pagã que os católicos tentaram mascarar para parecer com uma festa
cristã, assim como fizeram com o Natal. Os romanos adoravam comemorar com
orgias, bebedices e glutonaria. A Bacchalia era a festa em homenagem a Baco,
deus do vinho e da orgia, na Grécia, havia um deus muitíssimo semelhante a
Baco, seu nome era Dionísio, da Mitologia Grega Dionísio era o deus do vinho e
das orgias. Veja o que The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997 diz a respeito
da Bacchanalia, ou Bacanal, Baco e Dionísio e sobre o Festival Dionisiano:
“O Bacanal ou Bacchanalia era o Festival romano que celebrava os três dias
de cada ano em honra a Baco, deus do vinho. Bebedices e orgias sexuais e outros
excessos caracterizavam essa comemoração, o que ocasionou sua proibição em
186dC.”
Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga
Cidade)
Essa descrição da Bacchanalia
encaixa como uma luva em Carnaval
“Da Mitologia Romana, Baco era o Deus do vinho e da orgia. O filho de
Semele e Júpiter, Baco era conhecido pelos gregos como Dionísio. Sua esposa era
Ariadine.”
“Dionísio era o antigo deus grego da fertilidade, danças ritualísticas e
misticismo. Ele também supostamente inventou o vinho e também foi considerado o
patrono da poesia, música e do drama. Na lenda Órfica Dionísio era o filho de
Zeus e Persephone; em outras lendas, de Zeus e Semele. Entre os 12 deuses do
Monte Olimpo ele era retratado como um bonito jovem muitas vezes conduzido numa
carruagem puxada por leopardos. Vestido com roupas de festa e segurando na mão
uma taça e um bastão. Ele era geralmente acompanhado pela sua querida e
atendido por Pan, Satyrs e Maenades. Ariadine, era seu único amor.”
“O Festival Dionisiano era muitas vezes orgíaco, adoradores algumas vezes
superavam com êxtase e entusiasmo ou fervor religioso. O tema central dessa
adoração era chamado Sparagmos: deixar de lado a vida animal, a comida dessa
carne, e a bebida desse sangue. Jogos também faziam parte desse festival.”
1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)
O Festival Dionisiano então, não parecer ser a mesma coisa que a Bacchanalia e
o Carnaval? Nós, os Cristãos, não devemos concordar de modo algum com essa
comemoração pagã, que na verdade é em homenagem a um falso deus, patrono da
orgia, da bebedice e dos excessos, na verdade um demônio. Pense nisso.
II
PERSPECTIVA MISSIOLÓGICA DA PÁSCOA CRISTÃ
Num contexto de mudanças tão rápidas e da banalização do cristianismo, eu
particularmente creio que a celebração cristã que mais representa o significado
do verdadeiro cristianismo é a páscoa cristã.
Nela encontramos elementos que resumem o que verdadeiramente significa ser
cristão no mundo de hoje. Sem a páscoa cristã não teríamos nenhuma boa notícia
para contar a ninguém.
Ela nos diz por exemplo, que: 1. A experiência da páscoa cristã veio confirmar
todo o ministério terreno de Jesus. Ele foi verdadeiro e tudo aquilo que ele
disse e fez se consumam nesta experiência maravilhosa; 2. Os evangelhos só
foram escritos por causa deste evento e que sem ele não teríamos nada prá
contar ao mundo; 3. Também nos fala de uma era que se estava findando e de uma
nova que estava tomando forma e começando. A páscoa cristã tem profunda
influência na origem da missão da Igreja cristã primitiva, pois era o Cristo
ressurrecto e exaltado que atraia e atrai as pessoas a Deus.
Neste contexto eu gostaria de pensar sobre o que tudo isto tem a ver conosco no
inicio de um novo milênio e meditar sobre a perspectiva dessa experiência tão
singular na história da humanidade, para nós hoje enquanto comunidade cristã,
Igreja.
Eu quero pensar que os eventos dos últimos dias da vida de Jesus na terra nos
falam sobre a nossa responsabilidade de encarnar sua história e nos remetem
para a Missão.
1. A Perspectiva Futura da Comunidade Cristã – Com a páscoa a comunidade
cristã ganha perspectiva de futuro, sentido de continuidade, o sonho não
acabou. Ela ganha senso de auto definição e identidade própria para prosseguir
com sua missão delegada e realizar o seu chamado. É somente com base na
experiência deste evento que todo o ministério terreno de Jesus tem significado
futuro. Este ministério não cessa, não desaparece, nem tão pouco é extinto, ele
continua ministrando no mundo através desse ajuntamento de pessoas que são
agregadas a esta comunidade. Sua Igreja.
É exatamente neste particular que podemos dizer que por causa da páscoa cristã,
os evangelhos foram escritos, e também não seria muito dizer que sem ela, estes
não teriam e nem fariam nenhum sentido para as gerações futuras dessa
comunidade. Estes foram escritos não só para mostrar eventos passados e
históricos, mas para revelar um fé viva, impulsionadora e verdadeira que queima
o peito e faz esta comunidade marchar em direção ao futuro com confiança e
segurança de que Cristo está e sempre estará presente com a sua comunidade, seu
povo.
2. A Perspectiva da Vitória de Cristo Sobre o Mal – A páscoa também nos
fala sobre o ápice da presença de Jesus na terra. Sua ressurreição e exaltação
significam que Ele já possui a vitória sobre Satanás, a Morte, o Inferno, o
Mundo. E que o seu Reino já se tornou uma realidade, mesmo que nem todos
reconheçam isto ainda. Portanto não existe nenhuma perspectiva de se falhar
nesta missão, o sucesso da missão da Igreja ou não, não trará ou deixará de
trazer o Reino de Deus, que já é uma realidade presente no mundo, conduzida
para dentro de nossa experiência (realidade) pelo evento da páscoa cristã.
A comunidade dos primeiros cristãos responde a tudo isto de uma maneira
maravilhosa, através da sua expressão missionária. Manifestando por onde
passavam os mesmos sinais do Reino de Deus, da mesma forma como Jesus fazia,
curando, expulsando demônios e etc. Eles entendiam que não era um esquema, um
método mas que o poder da experiência da páscoa cristã era que os conduzia a
vitória e assim proclamavam a glória de Deus entre os homens, falando não só da
experiência de Cristo que voltou dos mortos, como também de suas próprias
experiências como aqueles que foram tirados das trevas para a maravilhosa luz
de Deus.
3. A Perspectiva do Espírito Santo Sobre Esta Comunidade – Mesmo que o
Pentecostes aconteça depois de quarenta dias, quando o Espírito de Deus foi
derramado sobre esta comunidade. Podemos afirmar que existe uma intima ligação
entre estes dois eventos. Se o evento da Ressurreição havia trazido confiança e
identidade própria à esta comunidade, o derramar do Espírito Santo trouxe
coragem, intrepidez e ousadia para que esta comunidade se tornasse testemunha
dos fatos ocorridos, mesmo que isto viesse a custar-lhes a própria vida. Foi
somente através do poder do Espírito Santo que eles se tornaram testemunhas.
Newbigin diz que missão é o fluir do Pentecostes, e alguns até afirmam que a
primeira atividade do Espírito Santo é Missão.
É através do Espírito Santo que Cristo continua vivo e ativo no mundo e que no
dia de Pentecostes Ele escancara as portas dessa comunidade e lança os seus
discípulos para o mundo. Com certeza a experiência da páscoa é o inicio do fim
dos tempos. Quando será o fim? O tempo é curto e cabe a nós debaixo da
orientação do Espírito Santo fazer a vontade de Cristo da mesma forma que Ele
cumpriu a vontade do Pai.
Conclusão
Para os discípulos a ressurreição de Cristo e a vinda do Espírito Santo são
provas incontestáveis da presença do Reino de Deus entre nós. Mas o que temos
nós a ver com isso, as portas de um novo milênio, num contexto de
“terceiro mundo”, numa Igreja que luta para descobrir a sua própria
identidade num mundo de tão rápidas mudanças?
Bom, penso que para nós, da América Latina:
1. Não há outra possibilidade de se continuar existindo, enquanto Igreja, que
não seja sob a perspectiva do Cristo ressurrecto.
Sem o Cristo ressurrecto não existe a suprema autoridade sobre todas as coisas,
principados, poderes e dominações deste século presente que nos tornaria impotentes
para desenvolver qualquer tarefa missionária.
Igreja, que não seja sob a perspectiva da natureza missionária da Igreja.
Sem páscoa Cristã a Igreja não seria existente. Esta comunidade cristã só
existe por causa do Cristo ressurrecto e é sua tarefa primordial contar a todos
que Deus em Cristo reconcilia o homem consigo mesmo.
3. Não há outra possibilidade de se continuar existindo, enquanto Igreja, que
não seja sob a perspectiva do já e do ainda não.
A páscoa cristã nos diz que a realidade do Reino de Deus já é presente, e que a
caminhada dessa comunidade tem que ser marcada por esta noção do já e do ainda
não. Anunciar, buscar e clamar o Reino de Deus, presente e futuro é
prerrogativa da existência desta comunidade.
Bibliografia
Bosch, David J.,Transforming Mission:Paradigm Shifts in Thelogy of Mission New
York, Orbis Books, 1999
Newbigin, Leslie, Trinitarian Doctrine for Today’s Mission England, Paternoster
Press, 1998
III
A SÉRIO O NATAL DE JESUS”
dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse
recenseado. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio era
governador da Síria. E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de
Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, a fim de alistar-se
com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam ali, chegou o tempo
em que ela havia de dar à luz, e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em
faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na
estalagem. Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e
guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. E um anjo do Senhor
apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se
encheram de grande temor, o anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos
trago novas de grande alegria que o será para toto o povo: É que vos nasceu
hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será
por sinal: Acharás um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura.
Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial,
louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra
entre os homens de boa vontade” (Lc 2.1-14).
A cena é muito viva, muito forte, impressionante. Pastores estavam no campo
guardando rebanhos, possivelmente destinados aos sacrifícios do templo. Eram
pessoas desprezadas. Tão desprezadas que eram rejeitados como testemunhas em
julgamentos. E, no entanto, foram escolhidos por Deus para receber em primeira
mão a mensagem de salvação numa prévia da proclamação na sinagoga de Nazaré
(cf. Lc 4.18,19).
O anúncio não era esperado pelos pastores, e, restabelecida a confiança dos
ouvintes, vem a nota de alegria e de vitória: “Fora o temor! Alegria!
Profunda alegria!” Na verdade, a alegria sempre anda de mãos dadas com a
pregação do evangelho. Jesus Cristo anuncia e traz a salvação, e a alegria
imprime a sua marca: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para
a retomar” (Lc10.17; cf. At 5.40, 41).
A proclamação da alegria ocorre porque hoje Ele nasceu! Começou o tempo final,
o tempo da realização! Chegou a plenitude dos tempos!
E quem é essa criança recém-nascida? Diz o mensageiro dos céus: o Salvador, o
Cristo, o Senhor! E, no entanto, parece que tudo está às avessas, pois o
Senhor, o Cristo, o Salvador está repousando num cocho, numa estrebaria.
Esse é, porém, exatamente o sinal de Sua necessidade, pois talvez houvesse na
pequena vila de Belém outra criança envolta em faixas que lhe apertariam o
corpinho, os braços, as pernas para que se desenvolvessem firmes e ajustadas,
segundo criam as comadres da época. Mas dormindo num mangedoura, só o Messias.
Esse é o sinal, a marca da humildade, do esvaziamento nos termos do antigo hino
que era cantado nas reuniões da Igreja dos apóstolos, e que Paulo registrou em
Filipenses 2.5-11, hino que canta a encarnação, ministério, morte, ressurreição
e exaltação de Jesus Cristo, hino que representa a confissão de fé dos nossos
irmãos da primitiva Igreja:
“Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual,
subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se
devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a
si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também
Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que
ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória
de Deus Pai.” (Fl 2.5-11).
Surgem os anjos formando uma grande milícia, um grande exército. Mas é um
exército diferente?! Não de guerra, senão de paz! E se realiza, deste modo, o
primeiro culto cristão de que se tem notícia: a mensagem foi pregada (vv. 10-12),
o coro canta
“Glória a Deus nos mais altos céus, e na terra Sua paz aos homens sobre
quem repousa Seu favor” [“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra e
boa vontade aos homens a quem Ele quer bem”] (v. 14).
Cumpre-se Hebreus 1.6, e em duas linhas, duas breves linhas, cantam os
mensageiros de Deus o que significa o nascimento de Jesus. Não é um desejo; é
uma proclamação dos extraordinários feitos de Deus, razão porque, quase no fim
do Seu ministério terreno, Jesus afirma, “Eu te glorifiquei na terra,
completando a obra que me deste para fazer” (Jo 17.4)
Alegria! Grande nota de alegria! Pois se até agora, dava-se glória ao gênio, à
fortuna, ao triunfo, no Novo Testamento é a glória de Deus, a paz por
excelência, a alegria coroando essa paz!
A PAZ É UM IDEAL
É próprio da linguagem cristã falar em algo que já está conosco, mas ainda há
de ser pleno. O reino de Deus já está entre nós, mas há de ser plenamente
implantado (cf. Mc 1.15; Lc 17.21; Mt 6.10); Satanás já está vencido, porém o
“mundo inteiro jaz no Maligno” (1Jo 2.13b; 5.19b); Jesus Cristo já é
vencedor, mas há de vencer (Jo 16. 33; Mt 24.30). A paz é conseqüência da
chegada do reino de Deus, não obstante o mundo viver em violência. É tão
somente ler as manchetes dos jornais.
“Glória a Deus” é algo fundamental à “paz na terra”. A paz
de Jesus Cristo, no entanto, não é como a oferecida pelo mundo, pelos sistemas
de idéias, pelas escolas de pensamentos ou pelos sistemas políticos. O mundo
conhecia a chamada Pax Romana, a paz existente porque Roma era a senhora do
mundo. Foi o período de 30 a.C. a 180 d.C., quando deu-se uma grande
prosperidade e tranqüilidade por razão do bom governo dos romanos das Ilhas
Britânicas aos limites da Mesopotâmia (hoje Iraque) e do Mar do Norte ao Norte
da África.
A Pax Romana foi iniciada com Otaviano que conseguiu resolver os problemas
internos e externos, acabou com os piratas do Mediterrâneo que prejudicavam a
navegação entre a capital do império e as províncias da Äsia Menor e as da
costa africana. Estradas foram construídas para uso militar, e depois para
transporte de bens de consumo e alimentos: o vinho, o azeite, a cerâmica da
Gália (hoje França), vidro da Germânia (hoje Alemanha, têxteis da região
gaulesa (hoje Bélgica), o fim do pedágio. O imperador permitiu certa autonomia
às províncias e a manutenção da língua, costumes e religião locais. Havia, no
entanto, uma língua franca: o grego comum.
Porém, se Jesus tivesse vindo um século antes, o evangelho teria sido bloqueado
pelas fronteiras fechadas, e pelos piratas nos mares; se dois séculos depois,
os bárbaros não permitiriam a evangelização se expandir. Não é, porém, dessa
paz política que os anjos cantaram, pois por volta do terceiro século d.C.,
acabou a Pax Romana vencida pela anarquia política, inflação monetária e
tremenda crise financeira.
A paz encerra todas as bênçãos trazidas pela salvação: é o restabelecimento de
tudo o que fora perdido pelo pecado; é a conseqüência da aliança de Deus com
Israel, e renovada por Jesus Cristo (cf. Is 54.10). É o evangelho de Cristo,
que é o Príncipe da paz, nossa paz (cf. Ef. 6.15; Is 9.5ss; Ef 2.14). É paz de
espírito na verdade e na luz, essa luz que envolveu os pastores e como luz de
Cristo envolvem cada cristão. Não é paz para o ambicioso, para o mundano, para o
ímpio, ou para o que quer vitória passageira. Essa glória e essa paz que há nos
céus devem por Jesus Cristo se tornar realidade na terra (cf. Is 57.15-20).
A PAZ É UM DEVER
Aprendemos com a Bíblia que a paz acompanha a fé (Rm 15.13); Acompanha também a
justiça e a retidão (Is 32.17); acompanha o conhecimento de Deus (Sl 119.165) e
acompanha a mente guiada pelo Espírito Santo (Rm 8.6).
A promoção da paz é um dever dos crentes em Jesus Cristo (Mt 5.4). Entretanto,
não é fácil ser pacificador. Nas “bem-aventuranças”, Jesus Cristo não
está falando de se ser pacífico. Não são bem-aventurados os que tomam uma
atitude passiva diante das injustiças, malquerenças e calúnias. São
bem-aventurados os promotores da paz, os que ativamente empregam suas energias espirituais,
morais e materiais para promover a reconciliação e conseqüentemente a paz.
Lembremos que nossa tendência, da velha criatura, do coração não renovado pela
misericórdia de Deus, á para represálias e vinganças. Paulo explica esse ensino
de Cristo ao nos lembrar que o mesmo Jesus nos confiou o ministério da
reconciliação (2Co 5.18), e, realmente, a paz que Jesus trouxe foi a
reconciliação entre Deus e a pessoa humana, bem como a reconciliação entre o
ser humano e seu semelhante, e a iniciativa é sempre do Criador.
A promoção da paz como dever do cristão é lutar pelo estabelecimento de um
ambiente de justiça, e nunca a lei foi tão machucada como em nossos dias: nunca
o caráter foi tão desprezado em nossa pátria! Mas isso não é novidade! No
começo do século, Capistrano de Abreu, historiador patrício, dando uma
entrevista sobre o descredito das leis de nossa pátria, sugeriu que melhor
seria que fossem queimadas todas as leis do Brasil, e decretada uma só:
“cada brasileiro fica obrigado a ter vergonha!” E o assunto é muito
mais antigo: “Portanto se envergonharam por terem cometido abominação?
Não, de maneira alguma: nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se” (
Jr 6.15a ).
A promoção da paz como dever do crente em Jesus Cristo é lutar pela sinceridade
entre as pessoas, e mais especialmente entre os irmãos em Cristo. No teatro
romano, o uso de máscaras determinava o sentimento da cena. Máscaras eram
feitas de cera: daí que sem a máscara era estar “sem cera”, ou seja,
sincera.
Duas coisas alimentam a sinceridade: o amor e a pureza da alma. Quanto ao amor,
Paulo ensina, “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e
não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. E
ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a
ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os
montes e não tivesse amor, nada seria.” (1Co 13.1,2)
Quanto à alma pura, é aquela que se apresenta equilibrada, bem orientada, não
dividida em seus sentimentos para com Deus e o próximo. Paulo ensina que
“tudo é puro para os que são puros” (Tt 1.15) A alma impura não tem
discernimento e não pode expressar o que é bom, porque não discerne entre o bem
e o mal.
Jesus Cristo é a expressão da esperança e das promessas do Antigo Testamento: a
proclamação aos pobres, aos que vivem afastados, aos que não têem abrigo nas
cidades, aos que estão sós como aqueles pastores dos campos de Belém.
A glória de Deus e a paz entre os homens estão em Cristo unidas para sempre.
Não é resultado de tratados, alianças ou acordos entre autoridades
governamentais, mas é pura obra de Deus! Isso é o que o Natal tem significado
para os cristãos comprometidos com o Cristo que é o “Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno e Príncipe da Paz” (Is 9.6). A essa
paz somos chamados!
Nascimento de Cristo
Alfredo Stein
Há quase dois mil anos, no Oriente
nascia uma criança.
Trazia para os homens, para o mundo,
um hino de bonança.
Era de Deus, do Seu amor profundo,
mensagem de esperança,
para falar ao coração descrente.
Nessa noite, no céu, na imensidão,
por ter Jesus nascido,
cantavam anjos – “Glória ao nosso Deus!”
Possa hoje ser ouvido,
cantarem anjos nos mais altos céus,
por ter Jesus nascido
dentro de ti, no teu coração!
IV
NATAL É CRISTÃO?
novas igrejas que professam seguir a Cristo, insistem que o Natal é uma festa
pagã o qual todos os verdadeiros cristãos devem afastar-se.
Provavelmente a mais notável destas religiões são as Testemunhas de Jeová, que
publicam ferroados ataques sobre a celebração do Natal ano após ano. No
entanto, estes grupos não estão sós na sua condenação destes feriados
religiosos mais populares.
Muitos cristãos evangélicos também acreditam que o Natal é uma celebração pagã,
vestindo “roupas cristãs”. Enquanto muitos cristãos marcam o Natal
como um dia especial para adorar a Cristo e dar graças pela Sua entrada no
mundo, eles rejeitam qualquer coisa que tenha a ver com Papai Noel, árvores de
Natal, troca de presentes e tal.
Existem bases bíblicas para rejeitar tudo ou parte do Natal? Qual deve ser a
atitude dos cristãos neste assunto? Essa pergunta que está diante de nós.
A resposta dada aqui é de que, enquanto certos elementos da tradição Natalina
são essencialmente pagão, eles devem ser rejeitados (especialmente as bebidas e
imoralidades, na qual o mundo se acham dona naquele período do ano), o Natal em
si e muitas das tradições associadas com ele, pode ser celebrado pelos cristãos
que tem uma consciência clara. Aqueles que se inclinam a rejeitar fora de mão,
tal posição, podem estar interessados em saber que, durante um tempo este
escritor teria concordado com eles. Um exame minucioso destes assuntos
incluídos, no entanto, conduz a uma conclusão diferente.
Celebrando o aniversário de Jesus
O argumento básico e comum apresentado contra o Natal, é de que não se encontra
na Bíblia. Muitos cristãos, e também grupos como as Testemunhas de Jeová,
sentem de que ao não estar mencionado nas Escrituras, não é portanto para ser
observado. De fato, as Testemunhas argumentam que desde que as únicas pessoas
na Bíblia que celebravam o seu aniversário onde Faraó (Gn 40:20-22) e Herodes
(Mt 14:6-10), Deus tem uma visão obscura a respeito de celebrações de
aniversário em geral.
Sendo assim, eles sentem, que Deus não aprovaria a celebração do aniversário de
Jesus.
Em resposta a estes argumentos, algumas coisas precisam ser ditas. Primeiro de
tudo, o fato é que a Bíblia nada diz contra a prática de celebração de
aniversários. O que foi mau nos casos de Faraó e Herodes, não era o fato de
celebrarem seus aniversários, mas, sim as práticas más nos seus aniversários
(Faraó matou o chefe dos padeiros, e Herodes matou João Batista). Segundo, o
que a Bíblia não proíbe, seja explicitamente ou por implicação de alguns
princípios morais, é permitido ao cristão, enquanto for para edificação (Rm
13:10; 14:1-23; I Co 6:12; 10; 23; Col 2:20-23; etc.). Portanto, desde que a
Bíblia não proíbe aniversários, e eles não violarem princípios bíblicos, não há
base bíblica para rejeitar aniversários. Pelo mesmo motivo, não há razões
bíblicas para rejeitar completamente a idéia de celebrar o aniversário de
Jesus.
25 de Dezembro
Outra objeção comum ao Natal está relacionado com a guarda de 25 de dezembro
como sendo o aniversário de Cristo. Freqüentemente instam que Cristo não podia
ter nascido no dia 25 de dezembro (geralmente porque os pastores não teriam
seus rebanhos nos campos de noite naquele mês), portanto, no dia 25 de dezembro,
não podia ter sido seu aniversário. Como se isso não bastasse é também apontado
de que 25 de dezembro era a data de um festival no Império Romano no quarto
século, quando o Natal era largamente celebrado nesse dia.
É verdade que parece não haver evidência como sendo o aniversário de Cristo
nessa data. Por outro lado, tem sido demonstrado que tal data não é impossível,
como é suposto normalmente.
Contudo, pode ser admitido de que é altamente improvável que Cristo realmente
tenha nascido em dezembro 25.
Este fato invalida o Natal? Realmente, não. Não é essencial para a celebração
de aniversário de alguém, que seja comemorado na mesma data do seu nascimento.
Os americanos comemoram os aniversários de Washington e Lincoln na terceira
Segunda-feira de Fevereiro todos os anos, ainda que o aniversário de Lincoln
era no dia 14 de Fevereiro e o de Washington, 22 de Fevereiro. Se tivesse
certeza de que Cristo realmente nasceu digamos, em 30 de abril, deveríamos
então celebrar o Natal naquele dia? Enquanto que não haveria nada de errado com
tal mudança, não seria necessário. O propósito é o que importa, não a atual
data.
Mas, e com respeito ao fato de ser 25 de dezembro a data de um festival pagão?
Isto não prova que o Natal é pagão? Não, não o prova. Em vez, prova que o Natal
foi estabelecido como um rival da celebração do festival pagão. Isto é, o que
os cristãos fizeram era como dizer, “Antes do que celebrar em imoralidade
o nascimento de Ucithra, um falso deus que nunca nasceu realmente, e que não
pode lhe salvar, celebremos com alegre justiça o nascimento de Jesus, o
verdadeiro Deus encarnado que é o Salvador do mundo.”
Algumas vezes, se insta a que se tome um festival pagão tentando
“cristianizá-lo” é insensatez. No entanto, Deus mesmo fez exatamente
isso no Antigo Testamento. A evidência histórica nos mostra conclusivamente,
que algumas festas dadas a Israel por Deus através de Moisés eram originalmente
pagãs, os festivais agriculturais, os quais eram cheios de práticas e imagens
idólatras.
O que Deus fez com efeito, era estabelecer festividades os quais tomariam o
lugar dos festivais pagãos, sem adotar nada da idolatria e imoralidade
associado com ela.
Poderia dar a impressão, então, que em princípio nada há de mal em fazê-lo, se
tratando do Natal.
Santa Claus (Papai Noel)
Provavelmente a coisa que mais incomoda aos cristãos sobre o Natal mais do que
qualquer coisa, é a tradição do Papai Noel. As objeções para esta tradição
inclui o seguinte:
[1] Papai Noel é uma figura mística incluído com atributos divinos, incluindo
onisciência e onipotência;
[2] quando as crianças aprendem que Papai Noel não é real, eles perdem a fé nas
palavras dos seus pais e em seres sobrenaturais;
[3] Papai Noel distrai a atenção de Cristo;
[4] a história de Papai Noel ensina as crianças a serem materialistas.
Em face a tais objeções convincentes, pode-se dizer algo de bom do Papai Noel.
Antes de examinar cada uma destas objeções, deve se notar que, o Natal pode ser
celebrado sem o Papai Noel. Retire Papai Noel do Natal e o Natal permanece
intacto. Retire Cristo do Natal, no entanto, e tudo que sobre é uma festa pagã.
Sejam quais forem nossas diferenças individuais de como tratar o assunto de
Papai Noel com as nossas crianças, como Cristãos nós podemos concordar com este
tanto.
1.) Não existe dúvida alguma de que Papai Noel na sua presente forma, é um
mito, ou conto de fada. No entanto, houve realmente um Papai Noel o nome
“Santa Claus” é uma forma anglosaxona do Holandês, Sinter Klaas, que
por sua vez significava “São Nicolau”.
Nicolau foi um bispo cristão, no quarto centenário, sobre quem pouco sabemos
por certo. Ele aparentemente, assistia ao Concílio de Nicéia no AD. 325, e uma
forte tradição sugere que ele demonstrava uma singular bondade para com as
crianças. Enquanto que o velho vestido de vermelho puxando um trenó conduzido
por veado voador é um mito, a história de um velho amante de crianças que lhes
trouxe presentes, provavelmente não é – e em muitos países, é só isso que
“Santa Claus” é.
Deve-se admitir que contar às crianças que Papai Noel pode vê-los em todo
tempo, e de que ele sabe se eles foram bons ou maus, etc… está errado. Também
é verdade que os pais não deviam contar a seus filhos a história de Papai Noel
como se fosse uma verdade literal. Contudo, as crianças com menos de sete ou
oito anos, podem brincar de “fazer de conta” e tirar disso
divertimento como se elas pensa-se que é real. De fato, a essa idade elas estão
aprendendo a diferença entre o faz de conta e a realidade. Crianças mais jovens
ficarão fascinadas pelos presentes que são descobertos na manhã de Natal,
debaixo de uma árvore a qual lhes foi dito que são do “Papai Noel”,
porém, eles não tirarão conclusões sobre a realidade de Papai Noel por meio
destas descobertas.
2.) Quando as crianças aprenderem que Papai Noel não é real, poderá
perturbá-los um pouco, somente se os pais lhes disseram que ele realmente
existe e que ele faz tudo que se pretendia dele. É por isso que deve-se dizer
às crianças que Papai Noel é faz de conta, tão logo elas tenham idade suficiente
para fazer perguntas a respeito da realidade.
Antes de ser uma pedra de tropeço para acreditar no sobrenatural, ele pode ser
um trampolim. Diga às crianças que enquanto Papai Noel é uma faz de conta, Deus
e Jesus não são. Diga-lhes que, enquanto Papai Noel só pode trazer coisas que
os pais podem comprar ou fazer, Jesus pode lhes dar coisas que ninguém pode –
um amigo que sempre está com eles, perdão para as coisas más que eles fazem,
vida num lugar maravilhoso com Deus para sempre, etc.
3.) Siga as sugestões acima e não mais será Papai Noel um motivo para
distraí-los de Cristo. Diga a seus filhos porque Papai Noel dá presentes, e
porque Deus nos deu o presente mais maravilhoso, Cristo.
é usada para encorajar as crianças a ser abnegadas e generosas.
Árvores de Natal
Um dos poucos elementos sobre a celebração tradicional do Natal, dos que se
opõe a isso, afirmam o que diz na Escritura sobre árvores de Natal.
Especificamente pensa-se que em Jeremias 10:2-4 Deus explicitamente condenava
árvores de Natal: “Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações,
nem vos espanteis com os sinais dos céus, embora com eles se atemorizem as
nações. Porque os costumes dos povos são vaidade; cortam do bosque um madeiro,
e um artífice o lavra com o cinzel.”
Certamente há uma semelhança entre a coisa descrita em Jeremias 10, e a árvore
de Natal. Semelhança, no entanto, não é igual a identidade. O que Jeremias
descreveu era um ídolo – uma representação de um falso deus – como o verso
seguinte mostra: “Como o espantalho num pepinal, não podem falar;
necessitam de que os levem, pois não podem andar. Não tenhais receio deles; não
podem fazer o mal, nem podem fazer o bem.” (v.5)
A passagem paralela em Isaías 40:18-20 esclarece que o tipo de coisa que
Jeremias 10 tem em mente, é na verdade um objeto de adoração: “Também
consumirá a glória da sua floresta, e do seu campo fértil desde a alma até o
corpo; será como quando desmaia o doente. O resto das árvores da sua floresta
será tão pouco que um menino as poderá contar. Naquele dia os restantes de
Israel, e os que tiverem escapado da casa de Jacó, nunca mais se estribarão
sobre aquele que os feriu, mas se estribarão lealmente sobre o Senhor, o Santo
de Israel.” (Is 10:18-20)
Assim, a semelhança é meramente superficial. A árvore de Natal não se origina
de adoração pagã de árvores (o qual foi praticada), porém, de dois símbolos
explicitamente cristãos, do Ocidente da Alemanha Medieval.
A Enciclopédia Britânica explica o seguinte:
A moderna árvore de Natal, em hora, se originou na Alemanha Ocidental. O
principal esteio de uma peça medieval sobre Adão e Eva, era uma árvore de
pinheiro pendurada com maças (Árvore do Paraíso) representando o jardim do
Éden. Os alemães montaram uma “árvore do Paraíso” nos seus lares no
dia 24 de dezembro, a festa religiosa de Adão e Eva. Eles penduravam bolinhos
delgados (simbolizando a hóstia, o sinal cristão de redenção); as hóstias
eventualmente se transformaram em biscoitos de vários formatos. Velas, também,
eram com freqüência acrescentadas como símbolo de Cristo. No mesmo quarto,
durante as festividades de Natal, estava a pirâmide Natalina, uma construção
piramidal feito de madeira com prateleiras para colocar figuras de Natal,
decorados com sempre-verdes, velas e uma estrela. Lá pelo 16º século a pirâmide
de Natal e a árvore do Paraíso tinham desaparecido, se transformando em árvore
de Natal.
Mais uma vez, não há nada essencial sobre a árvore de Natal para celebrar o
Natal. Como o mito moderno de Papai Noel, é uma tradição relativamente recente;
as pessoas celebravam o Natal durante séculos sem a árvore e sem o semi-divino
residente do Polo Norte.
O que é essencial ao Natal é Cristo. No entanto, isso não quer dizer que devemos
jogar Papai Noel e a árvore fora de vez. Neste assunto temos liberdade cristã
para adotar estas tradições e usá-los para ensinar os nossos filhos sobre
Cristo, ou para celebrar o nascimento de Cristo, sem elas.
Nesse caso, não há nenhuma obrigação para celebrar seu aniversário também,
desde que não é ordenado para nós na Escritura.
Todavia, seria estranho de fato, se alguém que foi salvo pelo filho de Deus,
não se regozijar-se em pensar no dia que Sua encarnação manifestou-se pela
primeira vez ao mundo naquela noite santa.
V
VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA
Informações que todos os Cristãos deveriam ter a respeito da
Páscoa